16/01/2013

OSTEOGENESE IMPERFEITA E O PRECONCEITO

FALANDO SOBRE OSTEOGENSE
PRECONCEITO


Todas as exteriorizações notaveis aos aos olhos, aos
ouvidos, ao tato, ao olfato, ao raciocínio, por seu afastamento do que se considera normal: algo que falta, algo que não foi bem feito, incompleto, algo
que foi alterado em virtude de intervenção, violenta ou não, são chamados de DEFICIENCIAS.

Já a algum tempo, vem se crescendo em massa enorme medidas medidas para assegurar aos portadores de deficiência igualdade de direitos no que se refere ao emprego, ao transporte, à educação, à inserção social. Dos  próprios interessados partem manifestações em busca dessa igualdade e de repúdio à discriminação que sofrem no seio da própria família e da sociedade. Nada mais justo e oportuno.
Esses chamados interessados (os deficientes), são espiritos ou alma humana (ainda desfrutando a todo vapor das delicias da vida)   com todas as qualidades e defeitos daqueles dos indivíduos ditos "normais" (afinal ninguém e 100% normal), capazes das mais altas expressões intelectuais, e, até mesmo, físicas, são privados pelo tão conhecido "Preconceito" e também por pessoas mal informadas que sempre coloca o deficiente no institulado rótulo de coitadinho e digno de pena, de terem uma vida plena e com carreiras promissorias de sucesso, ou mesmo seguir vida normal com trabalho digno segundo seus conhecimentos estudantis.

Sou deficiente a 35 anos ou seja desde o nascimento, brinco saio, tenho amigos, estudo entre tantas outras coisas normais de um ser humano, mais devido a minha OSTEOGENESE IMPERFEITA, sou logo descartada de muitas oportunidades da vida, é como se o ser com Ostegenese fosse algo que tem que ser diferente, que não pode nada, e esquecem os mal informados de procurarem saber o grau pois são separados por grau, no meu caso foi o tipo I, (agora depois dos 18 cessaram-se as fraturas, ja caio, ja faço tantas artes e não tenho absolutamente nada), que diz que a partir da fase adulta a pessoa para com as fraturas e ficam apenas as sequelas tipicas de quem tem OI, (sigla da patologia), mas sequelas que não me faz ser nem um ET ou que tenha afetado meu cerebro e faça com que certas funções eu não possa desenvolver normalmente na minha grande companheira e amiga (que muitos chamam de inimiga) a CADEIRA DE RODAS, mais vitimizada (termo que é horrivel e odeio usar, pois detesto pousar de vitima), pelo preconceito, e por pessoas menos esclarecidas sobre a doença, por nunca conviverem com um portador de OI, pensam logo é algo frágil vai se quebrar só de pegar uma caneta ou digitar um texto, e logo somos desprezados de oportunidades de emprego e de ter uma carreira profissional e vida normal. Temos sim limitações, mais não diferente que um amputado, um com lesão medular etc... Todos deficientes tem suas limitações, suas dificuldades mais superam, conseguem mostrar seu potencial, sempre por que alguém concedeu a eles a chance de mostrar seu potencial,(potencial  esse que todos tem, deficientes ou não)  como deficientes cito aqui varias pessoas que se destacaram nesse mundo profissional: Tatiana Rolim, Tabata Contri, Carolina Ignarra, Jairo Marques, Fernando Fernandez e principalmente os PARATLETAS  (são inumeros, que sâo o orgulho do Brasil em nivel de medalhas), esses conseguiram e estão fazendo a diferença no mundo Inclusivo, e mostrando que preconceito esta na cabeça das pessoas, que tudo se consegue, quando se luta e se encontra um pouquinho de boa vontade por parte do próximo.

Hoje especialmente vim falar da OI, pois quase não vejo pessoas com essa patologia ter chances em mercado de trabalho, ou destaques e quando existe é pouco ou raras, com certeza não é por que não tentam e sim por que ainda se tem idéia muito erronea e sem informação sobre o que ela vem a ser, sei que lidar com o diferente é estranho, na maioria das vezes incomoda e não julgo as pessoas por agirem assim, afinal antigamente deficiente era feito pra ficar quetinho em casa vendo TV e sair apenas para médicos, mais em pleno o Seculo XXI   as coisas mudaram e nossas mentes precisam se abrir, aprender a viver com a diversidade, procurar informações sobre assuntos que não entendemos, dar chance ao que aos nossos olhos parecem perdido, (como ja ouvi não me lembro a onde, "Os grandes tesouros as vezes podem estar guerdado dentro dos mais feio dos vasos"), e quantos talentos podem estar por ai jogados e sem chance por ser taxado de algo improdutivel, ou sem condições alguma de enfrentar uma vida normal, sendo que pode e muito bem (claro dentro das suas limitações, como qualquer outro deficiente), não digo isso só por mim, mais por tantos outros que existem por ai afora que passa o que eu passo, de as vezes da vontade de desistir de tudo por falta de oportunidade, e por descredibilidade no meu potencial, por empresas que me julgam incapaz.

Precisamos ainda LUTAR muito pela inclusão ao deficiente, pelo cumprimento das leis de cotas, por transporte adequados entre tantas outras melhorias, mais precisamos principalmente lutar para levar informações a muitos que ainda desconhecem o que é deficiencia e piorou certas patologias, que vão além de sequelas na medula, mais que mesmo assim podem na maioria dos casos ter uma vida tranquila e normal como alguém que tem lesão, trabalhando estudando enfim...

Hoje conversando a super Tabata, essa profissional em diversas áreas, desabafei que acho que pessoas com OI são bem mais visadas pelo preconceito e que eu ia estender a toalha e recebi dela um grande e sábio conselho, que o preconceito existe mais resta a nós fazer a diferença e tentar mudar a história quebrando ele. Espero que mais empresas faculdades, escolas e a sociedade em geral se informe mais sobre a OI, que tentem conhecer mais pessoas com a doença e que tenham conseguido se sobre sair dela, e assim possam tentar ao menos dar oportunidades, pois ninguém chega a lugar nenhum sem o primeiro passo, sem que alguém dando a primeira oportunidade e para quebrar preconceito precisamos mostrar serviço, ou seja mostrar que somos capazes, mais sem oportunidades isso é impossivel...

A um tempo atraz uma pessoa com HIV era totalmente discriminado pela sociedade o medo que uma pessoa tinha de se contaminar era horrendo, hoje em dias quantos soropositivos existe no nosso meio, e perceberam que com boa vontade e quebrando preconceito se vive na boa com eles, afinal basta as medidas de segurança nos contatos (sexual, e quando se trata de ferimentos)se vive com eles normalmente, afinal filhos do mesmo Deus que fez a todos, e seres humanos como qualquer outro que por vontade de Deus ou ironia do destino vieram a ter essa doença.

Assim são pessoas com OI e outras patologias, pessoas que tem sim seu lado diferente mais com potencial e com a mesma vontade de viver como todos....
Eliminar preconceito não faz mal a ninguém ao contrario só produzira beneficios no preconceituoso e na vitima do preconceito.





2 comentários:

  1. Parabéns Claudia por falar de algo que ainda é um tabu por parte de quem já passa e já passou por preconceito.

    Simone Urbano

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